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RENDA EMERGENCIAL: Câmara aprova o auxílio de 600 para autônomos e desempregados,e mãe chefe de família o valor de R$ 1.200/mês

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    A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta – feira (26) o projeto que prevê concessão durante três meses se auxílio  a trabalhadores informais cuja renda foi afetada pela pandemia do novo coronavírus será de 600 reais mensais,e para mãe chefe de família receberá o valor  R$ 1.200.

    A ajuda foi aprovada por votação simbólica em sessão em que deputados participaram virtualmente. Somente líderes partidário e o presidente da casa, RODRIGO MAIA (DEM-RJ), estiveram presente no plenário.

    Com a aprovação, o texto seguirá para votação no Senado. Ainda não há data definida para a análise pelos senadores. O pagamento do auxílio emergencial é limitado a duas pessoas da mesma família.

    Segundo estimativa preliminar da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, o impacto fiscal com o auxílio para a União será de R$ 43 bilhões por três meses. O cálculo não considera ainda as mães chefes de família que poderão receber o auxílio em dobro.

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    Pela proposta, poderá receber o montante o autônomo que não receber benefícios previdenciários, seguro desemprego nem participar de programas de transferência de renda do governo federal, com exceção do Bolsa Família.

    Desde a semana passada, a Câmara e o Senado tem aprovado projetos relacionados ao combate do coronavírus e dos efeitos provocados pela crise.

    Em razão das medidas de prevenção contra o coronavírus, a sessão desta quinta foi parcialmente virtual, com a presença de apenas alguns deputados no plenário. Os demais acompanhavam por videoconferência.

    RENDA EMERGENCIAL
    O que Bolsonaro e Guedes propuseram: R$ 200
    O que os liberais propuseram
    (Maia & Cia.): R$ 500
    O que a oposição propôs: R$ 1060
    O que foi aprovado: R$ 600 a R$ 1200/mês. Conquista da oposição, não de Bolsonaro.

    Entenda o projeto

    O projeto altera uma lei de 1993 que trata da organização da assistência social no Brasil. De acordo com o texto, o dinheiro será concedido a título de “auxílio emergencial” por três meses ao trabalhador que cumprir os seguintes requisitos:

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    • for maior de 18 anos;
    • não tiver emprego formal;
    • não for titular de benefício previdenciário ou assistencial, beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, ressalvado o bolsa-família;
    • cuja renda mensal per capita for de até meio salário mínimos ou a renda familiar mensal total for de até três salários mínimos;
    • que não tenha recebido em 2018 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.

    Outros requisitos para receber o auxílio é:

    • exercer atividade na condição de Microempreendedor Individual (MEI) ou;
    • ser contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social ou;
    • ser trabalhador informal, de qualquer natureza, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal até 20 de março de 2020.

    Apesar de a previsão inicial de pagamento do auxílio ser por três meses, o relator da proposta, Marcelo Aro (PP-MG), disse que a validade do auxílio poderá ser prorrogada de acordo com a necessidade.

    O projeto estabelece ainda que só duas pessoas da mesma família poderão acumular o auxílio emergencial.

    Para quem recebe o Bolsa Família, o texto ainda permite que o beneficiário substitua temporariamente o programa pelo auxílio emergencial, se o último for mais vantajoso.

    Inicialmente, o auxílio previsto no parecer do relator era de R$ 500, mas, após a articulação de um acordo com o governo federal, o valor passou a ser de R$ 600.

    Pouco antes, em uma live realizada pelo Facebook, o presidente Bolsonaro havia dito que, após conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o governo defendia inicialmente que o auxílio fosse de R$ 200, “ele resolveu triplicar”. “Deu o sinal verde”, acrescentou Bolsonaro.

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou a construção de um acordo entre Legislativo e Executivo, relação geralmente marcada por atritos. Maia ponderou que, mesmo com divergências, é preciso haver um ambiente de diálogo para buscar soluções para “salvar vidas e encontrar o melhor caminho para que a economia sofra menos”.